Golpistas descobrem falha em sistema bancário e usam até a avó para sacar dinheiro mesmo sem saldo em contas
Suspeitos descobrem falha em sistema bancário e sacam dinheiro mesmo sem saldo nas contas A Polícia Civil do Espírito Santo cumpriu 22 mandados de busca e ap...

Suspeitos descobrem falha em sistema bancário e sacam dinheiro mesmo sem saldo nas contas A Polícia Civil do Espírito Santo cumpriu 22 mandados de busca e apreensão na madrugada desta quinta-feira (31), como parte da Operação Money Talks, que investiga um esquema de saques bancários fraudulentos. A ação aconteceu nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. Dezessete pessoas são suspeitas de envolvimento nos crimes de furto contra um banco digital. Segundo a polícia, os investigados aproveitaram uma falha no sistema da instituição financeira para realizar saques presenciais de alto valor, mesmo sem saldo disponível nas contas. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp As investigações começaram no final de 2024. Quando o problema no sistema do banco ocorreu, em novembro, a falha foi nacionalmente divulgada nas redes sociais, o que levou a própria instituição financeira acionar a polícia ao perceber movimentações suspeitas nas contas. Em um intervalo de apenas três dias, foram identificados 835 saques irregulares, totalizando mais de R$ 1 milhão em prejuízo. Suspeitos descobrem falha em sistema bancário e sacam dinheiro mesmo sem saldo nas contas no Espírito Santo. PCES LEIA TAMBÉM: PRATO DE VIDRO: Criança de 5 anos tropeça com prato de vidro nas mãos e corta dedos em escola na Serra PROPINA: Quinze PMs no ES são afastados por suspeita de receberem propina para proteção de criminosos ESTELIONATO DO AMOR: Capixaba é preso em SP após aplicar golpe de R$ 5,7 milhões em namoradas e amigos Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão. Celulares, dispositivos eletrônicos, documentos e até um computador avaliado em mais de R$ 100 mil foram apreendidos. Também foi determinado o bloqueio judicial de valores, imóveis e veículos em nome dos investigados para servir como garantia do ressarcimento do prejuízo causado pelos saques indevidos. Participaram da ação equipes do Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT), do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP) e do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). Saques eram feitos mesmo sem saldo O delegado Leonardo Vanaz, explicou que, devido à falha no sistema, os investigados conseguiram sacar quantias em caixas eletrônicos sem que o valor fosse debitado das contas. "Esses indivíduos conseguiram realizar o saque sem debitar da conta bancária e, durante as buscas, foi apreendido dinheiro em espécie, aproximadamente 5 mil em uma das residências, que vai ser apurado a procedência desse dinheiro". Suspeitos descobrem falha em sistema bancário e sacam dinheiro mesmo sem saldo nas contas no Espírito Santo. PCES Os saques de alto valor representaram uma mudança no perfil financeiro dos envolvidos, o que levantou a suspeita e favoreceu para que a polícia chegasse até os responsáveis. "Durante a análise bancária, foi possível chegar aos investigados, 17 no total, que fizeram 835 saques, com valores que ultrapassam R$ 1 milhão, a maioria durante a madrugada. Foi possível checar o fato do perfil financeiro ser deles ser de uma movimentação mais modesta e nesse intervalo ocorreram altas movimentações", indicou o delegado Leonardo Vanaz. Segundo o delegado, as pessoas não têm relação entre si a princípio. As investigações vão continuar e o material apreendido será analisado. O crime de furto, qualificado pela fraude, tem pena de três a oito anos de prisão. Neto utilizou avó para o golpe Suspeitos descobrem falha em sistema bancário e sacam dinheiro mesmo sem saldo nas contas no Espírito Santo. Foram cumpridos mandados em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. PCES De acordo com o delegado José Lopes, os investigados são jovens que dominam os meios digitais e com profissão. A maioria é cliente do banco, entretanto, alguns casos utilizaram laranjas para movimentar o dinheiro obtido ilegalmente. Entre os casos identificados, chamou a atenção um jovem que utilizou os dados da própria avó para cometer o crime. "Eles utilizaram pessoas inocentes, laranjas. Chegaram a fazer até reconhecimento facial para pedir empréstimos, comprar coisas. Chegamos a uma casa onde havia objetos ainda embalados", afirmou o delegado. Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo