Doença altamente contagiosa leva a morte de centenas de cachorros no ES; entenda

Investigação aponta que cachorros morreram por cinomose, doença altamente contagiosa A morte de aproximadamente 200 cachorros domésticos e de rua em Muqui, ...

Investigação aponta que cachorros morreram por cinomose, doença altamente contagiosa A morte de aproximadamente 200 cachorros domésticos e de rua em Muqui, no Sul do Espírito Santo, investigada por veterinários da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e pela prefeitura da cidade, foi confirmada com o diagnóstico de cinomose canina. O resultado saiu na quinta-feira (31) após análises realizadas em 40 cães testados na cidade. A doença é altamente contagiosa entre os cães e não passa para os seres humanos. Com a confirmação, agora o município planeja realizar ações de vacinação nos animais. De acordo com a secretária Municipal de Meio Ambiente, Priscila Durant Binott, no início de junho, vários animais apareceram com sintomas como secreção nasal e ocular, tremores musculares e paralisia e rapidamente os animais morreram. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Após o diagnóstico, equipes do Hospital Veterinário da Ufes (Hovet) foram acionadas e coletaram amostras de sangue de 40 animais de rua neste sábado (19). Desses, 12 foram resgatados e seguem isolados em uma residência do município. O governo do estado também foi acionado principalmente para prestar apoio oferecendo material para realizar testes rápidos. "Vamos fazer um levantamento, um novo censo para entender quantos animais estão ainda doentes e quantos estão saudáveis", destacou a secretária. Análise técnica Veterinários da Ufes coletaram amostras para identificar o que pode estar causando mortandade de cachorros em Muqui, no Sul do Espírito Santo Prefeitura Municipal de Muqui A secretária apontou que começou a receber solicitações e pedidos de tutores de cachorros domésticos que estavam apresentando os sintomas de convulsão, e pouco tempo depois chegaram relatos de moradores que a mesma situação acontecia com cães de rua. "Um dos casos levado pelo dono a um laboratório particular testou positivo para cinomose, uma doença viral grave e altamente contagiosa que afeta principalmente cães, causada pelo vírus da cinomose canina (CDV)", informou. A Inicialmente, houve a dúvida na confirmação da doença principalmente porque os pesquisadores da Ufes destacaram que apesar dos sintomas parecidos com cinomose, a evolução rápida para a morte levantou suspeita dos veterinários de que pudesse ser outra doença. Alguns cachorros com convulsões foram levados para um hospital veterinário em Alegre, também no Sul do estado. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: dupla descarta entulho em área de preservação ambiental, é flagrada e obrigada a recolher lixo no ES Filha recebe ossada de homem ao buscar restos mortais da mãe em cemitério de Vitória Homem é preso em Vitória por roubar padrão de energia 20 dias após deixar a cadeia pelo mesmo crime Animais estão sendo testados por médicos veterinários da Ufes para tentar identificar o que causa mortandade dos animais em Muqui, Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Desde o início, a equipe técnica da Ufes, obteve informações clínicas referentes à presença ou ausência de sinais compatíveis com cinomose nos animais avaliados e aguardava apenas a confirmação das análises feitas em mais animais. Além disso, exames necroscópicos foram realizados em animais que morreram para comparar com os cachorros doentes que estão em observação. A equipe técnica da Ufes informou que as amostras coletadas foram organizadas, identificadas e armazenadas nos laboratórios do Departamento de Medicina Veterinária. Após o processamento, será emitido um relatório técnico com os resultados. A orientação da prefeitura é manter os animais em casa e sem contato com os da rua e em caso de dúvidas, a secretaria disponibilizou o número para contato: (28) 99932-6684. O g1 procurou o governo do estado, mas não teve nenhum retorno até a última atualização desta reportagem. Mais de 200 cachorros domésticos e de rua morreram em Muqui, Espírito Santo, e veterinários da Ufes foram até a cidade recolher amostras Reprodução/TV Gazeta Próximos passos Após o diagnóstico, a equipe técnica de medicina veterinária da Ufes recomendou algumas ações imediatas de medida de controle: Campanhas de vacinação; a promoção de ações educativas e informativas junto à população sobre a prevenção da doença; A manutenção da atuação da secretaria de meio ambiente para detecção de novos casos; O controle populacional de animais errantes, respeitando-se o bem-estar animal A secretária disse que o ambiente com a presença de cinomose fica contaminado por seis meses, e destacou que o município já começou a receber casos de abandono de animais doentes. "Quando o animal for diagnosticado você tem que manter um suporte de vida para o animal, fazer higienização para que não contamine outros animais e com isso vamos fazer uma campanha para divulgar como cuidar dos animais doentes. A quantidade de diagnóstico diminuiu e vamos iniciar nos próximos 10 dias uma campanha de vacinação para vacinar todos os animais do município", apontou. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo